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Estratégia • 25 de outubro de 2018

Planejamento estratégico na advocacia

Planejamento estratégico na advocacia

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O planejamento estratégico na advocacia é o primeiro nível do planejamento. Essa prática, que pode ser aprendida por qualquer gestor, traz muitos benefícios para o negócio. Em especial, mantém todos os profissionais alinhados aos objetivos e metas, o que pode levar o escritório ao crescimento de forma mais rápida e assertiva.

Veja a seguir o que é o planejamento estratégico na advocacia e quais as ferramentas que podem ser utilizadas para implementá-lo!

 

Planejamento estratégico na advocacia. O que é?

Planejamento estratégico na advocacia é um processo que seleciona as melhores ações para atingir os objetivos formulados para o escritório. Para estabelecê-los, é preciso analisar as condições internas e externas ao negócio. Em outras palavras, é pensar onde se quer chegar e o que fazer para atingir tal patamar.

Chiavenato, um dos autores de gestão empresarial mais consagrados no Brasil, dizia que a implementação estratégica “requer organização, coordenação, incentivo às pessoas, controles, acompanhamento intenso e, sobretudo, liderança estratégica por parte do executivo principal e liderança tática e operacional por parte dos gerentes e supervisores. Sem a participação e o compromisso de todas as pessoas, a estratégia não acontece.”

Ou seja, a partir do envolvimento de todos os profissionais do escritório, o planejamento estratégico na advocacia considera diversos fatores para atingir seus objetivos, que são detalhados no plano de negócios.

 

Plano de negócios

O planejamento estratégico na advocacia precisa da definição dos fatores chave de sucesso. Eles demonstram o que é necessário para o desenvolvimento do escritório, considerando as ações de curto, médio e longo prazos. Como resultado disso, temos o plano de negócios, que é um documento mais detalhado do planejamento. Ele inclui:

  • Planos e previsões financeiras, o que inclui verba para investimento e retiradas pró-labore;
  • Análises de mercado (fator externo) para definir a área de atuação de maior destaque para determinado mercado consumidor;
  • Avaliação de estratégias;
  • Simulações de cenários;
  • Rotinas operacionais (gestão de processos, marketing, operacionais).

Um ponto importante para se ter em mente no planejamento estratégico na advocacia é saber que ele não é tão definido quanto em outras áreas devido à imprevisibilidade dos ganhos da atividade jurídica. A maior parte deles provém do sucesso das ações judiciais, cujo tempo de duração é incerto. Também por isso, é um planejamento que exige maior acompanhamento e controle.

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Acompanhamento e controle

As estratégias definidas no no planejamento devem ser acompanhadas de perto. As interferências externas sempre podem comprometer os planos traçados, e isso se acentua ainda mais na advocacia diante da incerteza do andamento dos processos nos tribunais. E se alguma estratégia não dar certo por algum motivo?

Imagine que foram estabelecidas ações de marketing conectadas ao relacionamento com os clientes, como a alimentação de um blog (ótima ferramenta de marketing jurídico) para aumentar o tráfego de potenciais clientes e convertê-los em clientes reais. Se o blog não for atualizado periodicamente, é preciso ver o motivo. O profissional responsável não está executando suas tarefas? Talvez seja o caso de transferi-la para outro.

 

Necessidade do planejamento estratégico na advocacia

O envolvimento dos sócios e de todos os profissionais do escritório é o que determina o sucesso de um planejamento estratégico na advocacia. Assim, é possível resguardar os valores e a missão do escritório.

A partir do momento em que os processos de trabalho são passíveis de avaliação e controle, os objetivos e as metas traçadas podem ser cumpridas com mais facilidade. O resultado são os benefícios do planejamento, quais sejam:

  • Equipe coerente, o que possibilita o crescimento mais rápido do escritório;
  • Definição de metas reais e de prioridades conforme o momento do negócio;
  • Criação de linhas de trabalho que facilitam a execução do fluxo de tarefas que devem ser realizadas para atingir os objetivos;
  • Criação de um banco de dados com o histórico das ações, o que auxilia na melhor tomada de decisões.

 

Ferramentas de planejamento estratégico na advocacia

Para implementar o planejamento estratégico na advocacia, existem ferramentas que auxiliam em todas as suas etapas. O Balanced Scorecard e a matriz SWOT são utilizadas ao redor do mundo e se mostram bastante eficazes.

 

Balanced Scorecard (BSC)

Robert Kaplan e David Norton são os norte-americanos responsáveis por criar o Balanced Scorecard (BSC), ferramenta utilizada para medir e avaliar o desempenho dos profissionais de uma organização.

Ela é colocada em prática em seis etapas, e possui como centro a definição da estratégia conectada aos serviços e à infraestrutura do negócio.

Suas etapas são:

  1. Desenvolvimento da estratégia: considera o propósito e os objetivos da organização para defini-la;
  2. Mapa estratégico de execução: a estratégia é traduzida em um mapa para facilitar sua visualização;
  3. Alinhamento da equipe: momento em que se deve alinhar profissionais, departamentos, chefes e sócios do escritório em torno do mesmo objetivo e da mesma estratégia;
  4. Coerência: etapa em que é necessário vincular prioridades estratégicas às melhorias operacionais para evitar desperdício de recursos e desvios de finalidade;
  5. Reuniões de revisão: os envolvidos devem se reunir para rever estratégias, com o fim de monitorar e guiar sua implementação, bem como de reconhecer e corrigir erros.
  6. Teste periódico: é preciso testar e adequar a estratégia em curso.

Matriz SWOT

A Matriz SWOT é uma ferramenta desenvolvida na década de 60 que é bastante conhecida. SWOT é a sigla para Strenghts-Weakness-Opportunities-Threats. Não sem razão, ela é a ferramenta que identifica forças (S), fraquezas (W), oportunidades (O) e ameaças (T), que são os elementos que influenciam no ambiente interno e externo do escritório de advocacia. Essa matriz faz uma análise global da organização:

  • Forças: fatores internos que evidenciam o escritório frente a seus concorrentes ou que a diferenciam no mercado. Por exemplo, o uso de tecnologias avançadas.
  • Fraquezas: fatores internos que têm capacidade de interferir negativamente no desempenho do escritório frente a seus concorrentes.
  • Oportunidades: fatores externos que podem ajudar o escritório a melhorar sua performance em relação aos concorrentes.
  • Ameaças: fatores externos que podem prejudicar o escritório em relação aos stakeholders (clientes, fornecedores etc.) e ao mercado.

Cruzando esses elementos, os gestores conseguem compreender melhor os detalhes de sua atividade jurídica. A partir dessa análise, devem elaborar as linhas de ações necessárias para aprimorar sua gestão jurídica.

O planejamento estratégico na advocacia é fundamental para que o negócio tenha resultados efetivos. Isso só será possível quando, a partir das ferramentas, se consegue analisar todas as condições que afetam a empresa, formular objetivos e metas reais, definir as ações para atingi-los e ter um plano de negócios executável.

O sócio que utiliza a tecnologia, como um software jurídico, para organizar seus processos internos tem mais chances de executar seu planejamento com sucesso. Que tal experimentar?

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