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Por Preâmbulo Tech
Você já ouviu falar em reskilling? Você sabia que isso pode aumentar a performance do escritório de advocacia? Essa prática será fundamental diante do cenário que se desenha no mundo: estudo do McKinsey Global Institute aponta que até 14% da força de trabalho do mundo pode trocar sua ocupação até 2030. Essa mudança é fruto da transformação digital, que trouxe automação e inteligência artificial para os negócios.
Confira um pouco mais sobre o tema no post!
O que é reskilling?
Reskilling é a capacidade de atualizar e/ou adaptar competências e habilidades às novas necessidades da era de trabalho digital. Isso será indispensável para profissionais de todos os ramos que desejam se desenvolver em sua carreira e mudar o mindset. Manter-se ativo no mercado de trabalho dependerá dessa capacidade de adaptação.
Dentro desse contexto, será preciso buscar “fluência digital”, que nada mais é do que entender como o negócio é impactado pela tecnologia e como ela pode otimizá-lo o máximo. Essa fluência atinge competências técnicas e comportamentais. E como seria isso?
Em primeiro lugar, é preciso destacar que o profissional não precisa começar uma carreira em tecnologia. Uma graduação em automação ou desenvolvimento de software não é premissa do reskilling. No entanto, será necessário avaliar o impacto dos avanços tecnológicos no trabalho para desenvolver competências que acompanhem essa modificação.
Adotar o gerenciamento de projetos com tecnologia, fazer Análise de dados (Business Intelligence) ou utilizar o workflow são exemplos de mudanças nas competências técnicas de um gestor, por exemplo. No tocante às competências comportamentais, elas são mais difíceis de desenvolver. No entanto, adaptabilidade, criatividade e competências de liderança são muito valorizadas. Pensar em formas de desenvolvimento dessas habilidades é fundamental.
Qual a relação entre reskilling e cultura do aprendizado contínuo no escritório de advocacia?
Para ter capacidade de inovar diante dos desafios que o mundo tecnológico impõe ao Direito, é preciso estar em aprendizado constante. A performance do escritório de advocacia depende da adequação aos novos tempos. A todo momento, os profissionais devem buscar o desenvolvimento de novas habilidades.
Esse é, inclusive, um desejo geral, independentemente do ramo. Conforme pesquisa da PwC, 84% dos profissionais querem aprender novas habilidades. Não à toa, grandes empresas lançam programas de treinamento para capacitação dos funcionários abordando novas habilidades digitais.
E se os profissionais do escritório se mostrarem acomodados com o status quo? É onde entra o aprendizado contínuo enquanto cultura. Nem sempre a demanda por novos conhecimentos parte do advogado ou dos demais profissionais. Por isso, é fundamental que o escritório fomente essa busca. Estabelecer o aprendizado contínuo enquanto cultura organizacional é um caminho eficiente para aumentar a performance do escritório de advocacia.
Desta forma, constrói-se uma via de mão dupla: os profissionais buscam qualificação e aprendizado de novos recursos tecnológicos para o trabalho, enquanto o escritório oferece tais possibilidades. Frisa-se que o reskilling não acontece da noite para o dia. Um programa de aprimoramento terá resultados após alguns meses. Quando o aprendizado constante, especialmente o reskilling, faz parte da cultura, isso se torna mais fácil.
Em suma, ter um conjunto de ações e práticas destinadas a desenvolver o potencial dos colaboradores de forma contínua é fundamental para a performance do escritório de advocacia.
Como promover o constante aprendizado?
O aprendizado constante, para ser promovido a nível de cultura, deve envolver todo o escritório. Isso porque a assimilação dessa cultura depende do envolvimento dos sócios e dos gestores. A partir do momento em que todos entendem a importância do reskilling, as medidas e ações podem ser adotadas com mais facilidades. Mas quais medidas são essas? Apontamos algumas a seguir:
- Bolsas de estudos: o escritório pode custear parte do curso superior ou de especializações de seus colaboradores. Além de permitir a evolução de cargos júniors a plenos e seniores, permite o desenvolvimento de novas habilidades. Isso aumenta a possibilidade de ter profissionais multidisciplinares.
- Eventos: seminários, eventos jurídicos e conferências são espaços de aprendizado e conhecimento. Custear a participação dos seus profissionais nestes eventos, conforme os interesses de cada um, fomenta o reskilling.
- Tech talks: se você possui um profissional que domina algum assunto tecnológico relevante para o escritório, pode agendar rodas de conversa para que ele repasse seu conhecimento aos demais.
- Mentoria reversa: advogados mais jovens têm mais contato e facilidade com soluções tecnológicas e podem auxiliar os profissionais mais antigos com essas ferramentas.
Como o reskilling influencia na performance do escritório de advocacia?
A automação já é uma realidade em muitos escritórios. O uso de softwares jurídicos é amplo, principalmente porque otimiza as funções mais rotineiras. No entanto, muitos profissionais se queixam de dificuldades em manejar essa tecnologia. Por isso, ter um software jurídico amigável e oferecer treinamento para que eles desenvolvam novas habilidades é fundamental.
A capacitação para lidar com essas novas soluções para melhorar a performance do escritório de advocacia é uma demanda urgente, inclusive. O CPJ-3C, por exemplo, automatiza toda a controladoria. Mas o funcionário responsável deve estar capacitado para utilizar o software em sua capacidade máxima. Quando o escritório apoia, fomenta e incentiva o aprendizado, o funcionário se sente prestigiado e motivado ao reskilling. Em suma, poderá usufruir o benefício da automação da melhor maneira possível.
Outro bom exemplo de aplicação do reskilling para melhorar a performance do escritório de advocacia é o Legal Design. O Design Thinking aplicado ao Direito é, como definimos em outra oportunidade, “o processo de pensamento e criação inovadora com o objetivo de resolver problemas do cliente jurídico, a partir do entendimento sobre suas reais necessidades”. Para aplicá-lo, gestores e profissionais devem desenvolver e fomentar sua capacidade de inovação e criatividade.
O reskilling também é responsável pelo aumento de produtividade, o que contribui para a performance do escritório de advocacia. Em pesquisa da Deloitte, 47% dos entrevistados aprimoram práticas de trabalho para melhorar a produtividade.
Uma parcela relevante (36%) está “reinventando o trabalho” para diminuir os processos repetitivos. Em outras palavras, o valor das pessoas dentro do escritório pode aumentar, porque os trabalhos que elas executarão são essencialmente mais “humanos”. Com motivação, a produtividade cresce.
Os profissionais e o mercado pedem pelo reskilling, inclusive dentro do Direito. O que seu escritório está fazendo para melhorar sua performance? Você promove o constante aprendizado por meio de cursos, capacitações e bolsas de estudo?
O investimento no aprendizado contínuo dos colaboradores e diretores se refletirá na performance do escritório de advocacia. O reskilling será fundamental para que os profissionais se mantenham dentro das inovações propostas por esses novos tempos. Ter programas eficazes de aprimoramento é uma excelente maneira de criar advogados fora da curva.