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Por Preâmbulo Tech
Liderança pode ser definida como a arte ou técnica de atrair, influenciar e comandar pessoas, conduzindo-as e comandando-as como um grupo focado num determinado fim.
Como toda arte, pode estar incluída nas capacidades naturais que cada um traz consigo. E como toda técnica pode ser ensinada e aprendida. De uma forma ou de outra, ela deve ser praticada para que possa ser desempenhada com maestria.
Diferente da chefia, a liderança requer algo mais: liderar não é dar ordens… Liderar é conquistar pessoas para um fim comum. O chefe é um ser anômalo em sua equipe. O líder é parte dela.
A Programação Neurolinguística fornece diversas ferramentas para uma boa liderança. O rapport é uma das mais poderosas. Rapidamente colocando, trata-se de uma sintonia, uma empatia, que pode surgir naturalmente ou estabelecida através de técnicas diversas.
Ao estabelecer sintonia com o(s) liderado(s) o líder se posiciona em aproximação procedimental e psíquica. Técnicas como o espelhamento de respiração, postura, e o interesse sincero pelas opiniões de cada um facilitam o processo. Não se trata de imitar, bajular, concordar por concordar… Trata-se de, sinceramente, desejar estabelecer uma conexão. A questão, entre outras, é que o cérebro humano reconhece seus semelhantes como inofensivos – resquícios do comportamento tribal que carregamos em nossos instintos -, desativando gradativamente mecanismos de defesa.
Cada ser humano é único e, por assim dizer, cada um tem um mapa de mundo particular e individual. Liderar significa ampliar o mapa de mundo de cada um do(s) liderado(s) afim de reconhecerem como importante para si o fim a que o líder deseja se dirigir. A simples imposição não funciona… E se funcionar, será de forma precária ou com limiar temporal limitado…
Uma vez bem estabelecido o rapport, poderá o líder, com respeito ao mapa de mundo do(s) seu(s) liderado(s), lançar-se em liderança.
Vejamos o exemplo da famosa cena do longa-metragem “O Rei do Circo”, com o talentosíssimo (e saudoso) Jerry Lewis. Nele, incorporando o personagem “Jerico”, o astro estabelece uma sintonia natural automática com toda a plateia de crianças. Conseguia liderá-las em direção à alegria e riso – seu foco naquele momento –. Mas uma delas (limitada, por uma auto impressão equivocada de não pertencimento àquele grupo), não demonstrava a menor empolgação. “Jerico” fez tudo o que pode para animá-la… Usou de todos os seus talentos naturais e reconhecidos por todas as crianças da plateia… Em vão!
Até que, instintivamente, lança mão de uma estratégia: iguala a sua energia, o seu ânimo, àquela menina. O resultado foi imediato: uma vez estabelecido o rapport, ela desarmou suas defesas, foi fácil para “Jerico” conduzi-la até onde desejava: ao riso e à alegria.
É claro que existem diversas variáveis aqui não consideradas quando se trata de liderança. Mas o bom e correto estabelecimento de rapport é um excelente começo para lidar com pessoas e liderá-las.
Como você tem se comportado perante seus liderados? Como você tem se comportado perante seu líder? Já parou para considerar essas questões?
Daniel Melim é Advogado, Master Coach, Analista Comportamental e consultor da DNA Consulting.