O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulgou o Relatório de Transparência Salarial e Critérios Remuneratórios, o documento oferece uma análise detalhada sobre os critérios utilizados na remuneração e equidade dentro do mercado de trabalho brasileiro.
Diferenças salariais entre mulheres e homens
O relatório de transparência salarial revela que, no Brasil, apesar dos avanços em relação à equidade salarial, os dados revelam que ainda existem disparidades significativas entre os salários de mulheres e homens. Segundo o relatório:
- O salário mediano das mulheres corresponde a 86,8% do salário mediano dos homens.
- Considerando a remuneração média mensal, essa proporção aumenta para 99,5%.
Entretanto, essas desigualdades são ainda mais evidentes ao se considerar a composição de gênero e raça no total de empregados.
- As mulheres representam 43,8% da força de trabalho formal.
- Mulheres negras são apenas 2,1% do total de trabalhadores, enquanto homens negros representam 4,8%.
Diferenças por Grupos Ocupacionais
Além disso, as disparidades também variam conforme a ocupação. O relatório aponta que:
- Em cargos de dirigentes e gerentes, as mulheres recebem, em média, 72,5% do salário dos homens.
- Entre os profissionais de nível superior, essa proporção é de 74,1%.
- Para técnicos de nível médio, as mulheres recebem 121,5% do salário dos homens.
- Por outro lado, no trabalho de serviços administrativos, as mulheres chegam a ganhar 149,4% da remuneração masculina.
Critérios para a remuneração e Iniciativas de Diversidade
O relatório também detalha os principais critérios adotados pelas empresas para definir a remuneração, que incluem:
- Planos de cargos e salários ou planos de carreira.
- Cumprimento de metas de produção.
- Tempo de experiência profissional.
- Disponibilidade para determinados cargos.
- Capacidade de trabalho em equipe.
- Proatividade e desenvolvimento de ideias e sugestões.
Sobretudo, para promover um ambiente mais igualitário, algumas ações são destacadas no relatório, como:
- Apoio ao compartilhamento de obrigações familiares.
- Políticas de contratação de mulheres negras, pessoas com deficiência e integrantes da comunidade LGBTQIA+, indígenas.
- Promoção de mulheres para cargos de direção e gerência.
Transparência e Equidade como Pilares
Portanto, a publicação deste Relatório de Transparência Salarial reforça o compromisso do Ministério do Trabalho e Emprego com a promoção de práticas salariais mais justas e transparentes. Assim, empresas que desejam se alinhar às melhores práticas de equidade devem considerar essas informações para aprimorar suas políticas internas e contribuir para um mercado de trabalho mais inclusivo e igualitário.