O que é compliance, quais os tipos e como aplicar?

Descubra o que é compliance, seus tipos e como aplicá-lo no setor jurídico. Mais do que seguir regras, compliance promove ética, transparência e prevenção de riscos. Essencial para escritórios que buscam reputação sólida, segurança de dados e cultura organizacional forte.
Checklist digital flutuante representa práticas de compliance empresarial

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Compliance é um termo que se tornou cada vez mais presente no vocabulário jurídico e empresarial. Com o avanço de operações anticorrupção no Brasil e a vigência da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), o tema ganhou destaque na mídia — e nas prioridades estratégicas de empresas e escritórios de advocacia.

Mas você sabe exatamente o que é compliance, quais os seus tipos e como aplicá-lo de forma eficaz no seu negócio?

O que é compliance?

De forma direta, compliance significa estar em conformidade com leis, normas e regulamentos aplicáveis a um negócio. Mas o conceito vai além do cumprimento de regras.

Compliance é um conjunto de práticas estratégicas que fortalecem a cultura ética e a governança corporativa, promovendo a integridade e protegendo a reputação da organização.

Por que o compliance é importante?

Na advocacia e em qualquer setor da economia, o compliance contribui para:

  • Prevenção de conflitos de interesse e ganhos indevidos;
  • Adoção de condutas éticas e legais no mercado;
  • Cumprimento de normas internas e regulações externas;
  • Maior transparência nas decisões corporativas;
  • Disseminação da cultura organizacional;
  • Prevenção à lavagem de dinheiro.

Principais desafios para a adoção do compliance

Embora essencial, implementar um programa de compliance enfrenta alguns obstáculos práticos. Veja os três mais comuns:

1. Falta de orçamento

É comum que empresas negligenciem investimentos em compliance. Ainda assim, práticas gratuitas (como treinamentos online e políticas básicas de integridade) podem ser um bom começo.

2. Falta de profissionais

Idealmente, a área jurídica e a área de compliance devem ser separadas. Ter um time dedicado — ou pelo menos um responsável exclusivo — é um fator de sucesso.

3. Falta de comprometimento da liderança

Sem apoio dos sócios e gestores, é difícil fortalecer a cultura de integridade. O exemplo deve vir de cima para que a mudança ocorra de verdade.

Proteção de Dados: Como Garantir Privacidade e Personalização: O que é compliance, quais os tipos e como aplicar?

Tipos de compliance e sua forma de aplicação

Aplicar o compliance em uma empresa depende da adoção de práticas em diversas frentes. Considerando isso, podemos apontar como tipos de compliance:

  • Compliance empresarial: é um tipo de compliance generalista, que atua em todas as operações administrativas e decisões da empresa, com grande foco em atuação anticorrupção, controle de qualidade do produto e responsabilidade social.
  • Compliance trabalhista: voltada para observação das regras gerais de saúde e segurança no trabalho, bem como de outras normas da legislação trabalhista. É fundamental para garantir um ambiente de trabalho seguro, saudável e produtivo.
  • Compliance fiscal e tributário: práticas para garantir uma atuação ética em relação às finanças, às atividades monetárias e tributárias do negócio. Fundamental para mitigar crimes e fraudes empresariais.
  • Compliance ambiental: práticas e comportamentos que colocam a atuação empresarial condicionada ao respeito ao meio ambiente e à sustentabilidade.
  • Compliance de TI: estratégias e ferramentas para garantir a boa gestão de tecnologia da informação, inclusive conformidade com a LGPD.

Para aplicar as estratégias de compliance, alguns escritórios e empresas possuem um Compliance Officer. Ele está em contato direto com os sócios e com a alta administração e é responsável por elaborar um programa adequado à empresa.

Um ponto fundamental para este programa dar certo é a construção da confiança em todas as áreas, além do conhecimento do negócio. Quando isso acontece, é possível orientar as ações empresariais para os objetivos e utilizar os recursos de forma eficiente. O resultado é notório: coerência e uniformidade em todos os atos e decisões, gerando mais confiança e credibilidade.

Cinco tipos de compliance e suas áreas de aplicação

Aplicação no uso de dados em home office

Com o crescimento do trabalho remoto, é importante destacar o compliance no uso de dados. Sabemos que o escritório de advocacia ou departamento jurídico possuem orientações acerca da proteção de dados e políticas de segurança. Por isso, se aplica às informações impressas, mas também ao ambiente digital.

Com a mudança do ambiente de trabalho, porém, é preciso ter mais atenção às medidas adicionais. Portanto, citamos três a seguir:

  • Estabelecer regras para os usuários, como uso de VPN da empresa ou software jurídico, e proibição de acesso a sites que não sejam considerados seguros (sem HTTPS).
  • Mapear os riscos do ambiente doméstico, onde o poder de vigilância da empresa é restrito.
  • Cumpra rigorosamente a LGPD.

O compliance é uma ferramenta estratégica para escritórios de advocacia e empresas de qualquer segmento econômico. Desse modo, com ele, o negócio se mantém bem avaliado no mercado e desenvolve uma cultura organizacional coerente com valores, missão e visão.

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Como está o compliance em seu negócio?

Compliance não é burocracia — é estratégia. Sendo assim, ele protege a reputação, fortalece a cultura organizacional e garante que decisões sejam tomadas de forma ética e eficiente.

Seja em um escritório de advocacia ou em um departamento jurídico, investir em compliance é investir na longevidade e credibilidade da organização.

FAQ: Dúvidas frequentes sobre compliance

1. Compliance é obrigatório por lei?

Depende do setor. Por isso, algumas atividades reguladas (como instituições financeiras) têm exigência legal. Porém, mesmo quando não é obrigatório, é altamente recomendado.

2. Qual a diferença entre jurídico e compliance?

Sobretudo, o jurídico atua na interpretação e defesa das normas. Por sua vez, o compliance promove ações preventivas para manter a empresa dentro das normas e evitar riscos legais.

3. Pequenas empresas também precisam de compliance?

Sim. Em suma, o porte da empresa não exclui a necessidade de boas práticas. Portanto, existem programas de compliance simples e acessíveis, adaptados à realidade de pequenos negócios.

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Andressa Souza

Gerente de Marketing na Preâmbulo Tech, especialista com mais de 15 anos em Marketing de Performance, Growth, Comunicação Estratégica e Inteligência de Dados.

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